quinta-feira, 8 de março de 2012

Sobre ser mulher



Ser mulher definitivamente não é tarefa das mais fáceis!
Ser mulher é saber que estar com o cabelo arrumado muitas vezes é mais importante do que todo o resto.
É compreender que um bom sapato pode te deixar mil vezes mais poderosa.
É conseguir diferenciar facilmente o branco do off white.
É ser fiel ao seu cabeleireiro e ir até ele onde quer que ele vá.
É sentir o desespero - e o peso na consciência -  angustiante ao constatar o término da caixa de bombons.
É entender o quanto é difícil fazer vista grossa para aquela saia maravilhosa - e que é a sua cara - no final do mês.
Só mulher entende a falta que um brinco faz!

Mas além dessas coisas, que aos olhos dos homens podem parecer tão irrelevantes (mas não são!), ser mulher é muito, mas muito mais que tudo isso!

Ser mulher é possuir uma energia infinita, exercer mil papéis ao mesmo tempo: mãe, filha, esposa, profissional, médica, psicóloga.
É saber compartilhar, dividir, perdoar... sem hesitar.
É enlouquecer às vezes, por amor, ciúme, estresse, alegria ou (a danada da) TPM.
Ser mulher é ser corajosa o bastante para enfrentar seus medos.
É se apaixonar e entregar seu coração numa bandeja sem pensar...  e muitas vezes se machucar.
É possuir dom mais lindo e divino de todos, o de gerar uma nova vida.
Ser mulher é entender porque uma ligação é tão importante naqueles dias em que tudo parece estar tão cinza.
É sorrir sozinha pra um cachorrinho na rua (e saber que foi recíproco).
É ter um zilhão de inseguranças com seu próprio corpo.
É conseguir ser doce, apimentada e até amarga de vez em quando.
Ser mulher é ser irritantemente carente e, ao mesmo tempo, surpreendentemente independente.
É não ter vergonha de chorar pelos amores vividos e pelas mágoas sofridas.
É ter uma intuição das brabas.
É sofrer e ser feliz na mesma absurda intensidade.

Ser mulher... Ah!
Ser mulher é incrivelmente complicado e delicioso! :)

sábado, 4 de dezembro de 2010

Sobre se Apaixonar

"Quando a paixão entra pela porta principal, a sensatez foge pela porta dos fundos."
Thomas Fuller


Eu só percebi que estava apaixonada por você depois daquela ligação.
Olhei-me no reflexo da fachada do prédio e percebi que estava sorrindo sozinha enquanto te ouvia.
A gagueira insistia em dar o ar da sua graça.
As palavras se atropelavam como numa corrida insana pra ver qual chegava primeiro ao seu destino - seu ouvido.
Desliguei o celular. Minhas mãos chacoalhavam.
Porque, depois de tantos anos você estava me causando aquela sensação assustadoramente deliciosa?
Depois do beijo que demos naquela mesma noite, e após falar algumas bobagens – as quais fiquei relembrando umas cem vezes no dia seguinte, torcendo para não ter parecido tão idiota quanto realmente acho que fui – senti um gosto que há tempos não sentia. E pior (ou seria melhor?), ele se misturava a um arrepio que subia pela minha espinha e explodia numa rajada de vento dentro do meu estômago. Difícil explicar.
Minha versão autoconfiante resolveu tirar férias e a danada nem sequer deixou um bilhete de aviso.
Você desassossegou minha calma... E fez meu corpo e mente perderem os sentidos por alguns longos instantes...
Após tantos verões... Após nossos sumiços inexplicáveis... Após todo esse tempo que demoramos a nos reencontrar, fui perceber que apenas adiei, dentro de mim, a possibilidade que existia de eu, simplesmente, me apaixonar por você!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Sobre Finais Felizes

“Uma vida sem desafios não vale a pena ser vivida.”
Sócrates


- Eu sempre leio o final dos livros antes de comprá-los, aí, se o final for bom, eu levo! – confessou-me enquanto retirava a mesa do jantar.
Era pra ser apenas mais uma conversa boba entre amigas.
Tomei o último gole de vinho, e enquanto retornava para a casa fiquei pensando em como é possível que algumas pessoas ajam desta forma, não somente com os livros, mas também em diversas atitudes na vida.
Acho que, pior que julgar o livro pela capa, é lê-lo apenas pelo final que ele pode te proporcionar, é não dar chance ao que pode acontecer no meio de tudo, é descartar a excitação dos acontecimentos, é abrir mão de capítulos fantásticos somente porque o desfecho lhe parece agradável. Será que compensa? E a historinha toda, não tem mais importância?
Não digo que devemos entrar de cabeça em qualquer situação que aparecer pela nossa frente e agir somente pela emoção de viver o inesperado, mas muitas vezes a graça toda, o supra-sumo, está justamente nos momentos em que estamos ocupados demais pensando no que ainda irá acontecer.
Já me decepcionei inúmeras vezes, já errei infinitas e muitos planos não deram certo (aliás, a grande maioria não deu) – sou uma frustrada? Longe disso!
Pra mim, o que torna a vida interessante são as descobertas, obstáculos e raízes que criamos na luta diária para alcançarmos nossos objetivos. Acredito que somos feitos daquilo que vivenciamos e - principalmente - das lições que tiramos de tudo que acontece com a gente ao longo da vida.
Claro, todos querem ter um final feliz, mas, se analisarmos bem, veremos que o final nunca é ‘o hoje’, o dia mais importante de todos, então pra que abrir mão dele? Pra que nos preocuparmos tanto? Pense nisso! Dê mais chances pra sua própria história ao invés de se conformar apenas com um – talvez – happy end.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Sobre a Vida

“Viver é muito bom, mas saber viver é melhor ainda”.
Dona Canô, 102 anos.

(Afinal, qual a melhor forma de vivê-la?).


1. Crie as suas próprias regras - e jogue-as fora quando julgar necessário.
2. Perdoe. Este é o ato mais nobre de qualquer ser humano – mesmo que doa.
3. Não seja leviano com seus sentimentos - por mais bobos que estes lhes pareçam, são eles que movem seu coração.
4. Aprenda, por mais que viver cercado de amigos seja importante, a solidão pode – e deve - ser umas das suas melhores companhias.
5. Ria de si mesmo – e dos outros também.
6. A decepção é inevitável – portanto sofra, resmungue, respire e continue.
7. Chore. Desmedidamente. No banheiro. De felicidade. De dor. De saudade.
8. Mude de opinião – e volte atrás. Ninguém está sempre certo.
9. Seja solícito – mas não um idiota.
10. Surpreenda – e eternize um momento.
11. Se liberte de antigos preconceitos.
12. Silencie – às vezes é a única forma de se sentir em paz.
13. Apaixone-se constantemente - por alguém, por uma música, por um lugar. Mais do que tudo, apaixone-se por você.
14. Se arrependa – não somente do que não fez.
15. Aja com bom senso diante das suas escolhas.
16. Ore – conversar com Deus alivia a alma. E as coisas ficam mais claras.
17. Cultive as amizades verdadeiras.
18. Brigue consigo mesmo – e faça as pazes.
19. Seja quente ou frio – mas, por favor, não seja morno.
20. Compartilhe experiências – e aprenda com as dos outros.
21. Faça do ouvido do seu melhor amigo um pinico – sim, você tem esse direito - às vezes.
22. Cometa loucuras – ninguém sobreviveria sem elas.
23. Questione – ser condescendente sempre não é a melhor forma de agradar.
24. Estabelecer metas é crucial – mudar de direção também.
25. Se importe mais com suas vontades do que com os julgamentos – é óbvio, mas não é fácil.

PS: Se conseguir seguir estes conselhos todos, me ensine como!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Sobre você

" Por enquanto estou inventando a tua presença (...)"
Clarisse Lispector

Com você, tudo tinha um quê de interminável.
De eterno.
De sagrado.

Não existiam noites perturbadas.
Questionamentos patéticos.
Inseguranças.

Com você...

Com você, a ociosidade era deliciosa.
A rotina um combustível.
O nada era tanto.

Os sonhos tinham sentido.
Os sorrisos motivos.
Havia beleza onde não há.

Com você...

Com você, era tranqüilidade
Era fogo.
Era Simples.
Era verdade.

Não havia vazio.
Com você.